Superpotência energética

Uma superpotência energética é um país com enormes recursos energéticos significantes para outros países, sendo capaz de projetar este poder para influenciar decisões internacionais de seu interesse, mas também é importante lembrar que a principal fonte energética russa , é o gás natural representado por 54%

Projeção do poder

Uma superpotência energética projeta seu poder manipulando o recurso que ela possua, seja influenciando os preços internacionais da commoditie, ou simplesmente embargando um determinado país a receber o produto.

Recursos energéticos são territorialmente fixos, o que coloca qualquer fornecedor em uma excelente posição de negócios, principalmente se ele detém o quase-monopólio de produção mundial do recurso, já que o cliente acaba atrelado a este fornecedor; isto acaba transformando a relação cliente-fornecedor em uma relação mais política do que necessariamente comercial[1].

As superpotências energéticas atuais

Arábia Saudita

A Arábia Saudita é o maior exportador mundial de petróleo, situado no oriente médio, uma região do planeta que detém dois terços das reservas mundiais conhecidas de petróleo e produção diária de 11.1 milhões de barris. O país abastece 14% do mundo com seu petróleo.

Rússia

O ressurgimento da Rússia pós-soviética como um país importante do G8, rica porém não democrática, mostra a importância de seus recursos naturais, particularmente petróleo e gás para o mundo atual[2].

Com as autoridades russas tecendo novas teias de relações com outros países para fornecimento de recursos energéticos, a Rússia está aos poucos recuperando sua antiga importância no cenário internacional, ganhando capacidade para se contrapor a decisões de outros jogadores importantes como União Europeia e Estados Unidos nos acordos internacionais e ganhando cada vez mais autonomia em seus assuntos internos[3].

A Rússia é o segundo maior produtor mundial de petróleo com uma produção diária de 9.5 milhões de barris; o Mar Cáspio tem potencial de aumento de produção de 5 milhões de barris de petróleo até o ano de 2010.

O uso de forma política de seu privilégio energético é fontes de duras criticas ao regime de Moscou, já que ela não hesita em cortar o fornecimento de gás e petróleo para qualquer nação que contrarie seus interesses, particularmente as ex-repúblicas soviéticas, que os russos ainda consideram como partes de sua esfera de poder e de cujos regimes atuais temem mudança para outros mais favoráveis à União Europeia; como exemplo está o corte de fornecimento à Bielorrússia com o fechamento do oleoduto Druzhba [4]. A Rússia justifica o corte alegando que a Bielorrússia se negou a pagar os novos preços definidos pela Gazpron, a estatal russa de petróleo e gás, que estipulou um aumento de 50% no preço do gás, assim a Bielorrússia estipulou uma nova taxa para uso do oleoduto para transporte de petróleo para a Europa e passou a retirar petróleo do oleoduto como forma de pagamento, segundo a Transneft, empresa que opera o oléoduto[5].

Outro exemplo de uso político do potencial energético foi o momentâneo corte de gás Ucraniano após a revolução laranja, que ocasionou na subida ao poder do líder pró-europeu Viktor Yushchenko. A Rússia, vendo sua influencia na região cair, propôs à Ucrânia um aumento de 460% no preço do gás. A Rússia fornece 30% do gás ucraniano e cessou o fornecimento ao país como represália à resposta negativa da Ucrânia à proposta de aumento[6].

Futuras Superpotências Energéticas

Brasil

O Brasil caminha para consolidar-se como uma grande superpotência energética no século XXI, aproximando-se da condição da Arábia Saudita ou até mesmo ultrapassando-a[carece de fontes]. Frente ao aquecimento global, os países estão se conscientizando e tomando medidas para reduzir o consumo de petróleo, gás, carvão e outras fontes de energia poluentes. O etanol tem grande potencial de crescimento no país, devido às gigantescas áreas para plantio de cana e outras plantas que forneçam o etanol e ao advento dos carros flex, que aceitam mais de um combustível. Portanto, o Brasil está tomando uma posição de vantagem. No quesito do biodiesel, que pode ser produzido com variadas matérias primas, como sebo de boi, pinhão, soja, dendê, mamona, algodão e outras, o Brasil também toma grande vantagem frente ao mundo. A hidroeletricidade é a principal fonte de energia no Brasil, contudo também apresenta algumas desvantagens, como a emissão de gases estufa devido ao corte de árvores ou ao alagamento de áreas com árvores, por causa de sua decomposição. A energia solar é bastante propícia devido ao clima tropical e equatorial no país. A energia eólica também pode chegar a ser potencial no Brasil. Atualmente, é utilizada em alguns estados nordestinos.

Venezuela

O décimo maior produtor de petróleo do mundo e possuidor da nona maior reserva de gás natural do planeta[7]. Se comprovadas reservas do Orinoco, deve se tornar o país com as maiores reservas petrolíferas do planeta e também o quarto maior detentor de reservas de gás natural[8].

Ver também

Referências

  1. Soberania energética
  2. Putin quer reafirmar poder russo em reunião do G8
  3. 1h Putin conseguiu o que queria no G-8
  4. UE critica corte no fornecimento de petróleo russo à Europa
  5. Crise Minsk-Moscovo provoca corte de petróleo na Europa
  6. Corte de gás na Ucrânia repercute na União Européia
  7. International World Energy Data and Analysis Current and Historical Data Maps Oil Production Consumption and Reserves World Regions and Country level information, Energy Information Administration (EIA), 2008, consultado em 8 de abril de 2010, cópia arquivada em |arquivourl= requer |arquivodata= (ajuda) 🔗 
  8. Frederico Bernal (2010), A saída para a dependência energética, Le Monde diplomatique Brasil, consultado em 8 de abril de 2010 

Ligações externas

  • O futuro sem Petróleo
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