António de Freitas Pimentel

António de Freitas Pimentel
Nascimento 15 de maio de 1901
Lajes das Flores
Morte 14 de abril de 1981
Horta
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação médico, político
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António de Freitas Pimentel (Lajes das Flores, 15 de julho de 1901 — Horta, 14 de abril de 1981) foi um médico e político açoriano que exerceu durante 18 anos as funções de Governador Civil do Distrito Autónomo da Horta, funções em que se notabilizou.

Biografia

António de Freitas Pimentel nasceu nas Lajes das Flores a 15 de Maio de 1901, filho de António de Freitas Pimentel e de Maria do Rosário Trigueiros Pimentel. Era irmão do médico José de Freitas Pimentel, que se notabilizou no combate à gripe espanhola na ilha do Pico.

Estudou nos Liceus da Horta e de Angra do Heroísmo, ingressando na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em 1929.

Casou em 1930 com a Dr.ª Maria Francisca Paes Dias, tendo o casal fixado residência na cidade da Horta, onde viveu o resto da sua vida.

Na Horta, para além de exercer medicina, desenvolveu uma intensa actividade política, começando por militar, com Manuel José da Silva e outros faialenses, em círculos oposicionistas contra a ditadura implantada pela Revolução Nacional. Contudo, aceitou ser nomeado, em 7 de Agosto de 1935, Vice-Governador Civil do Distrito Autónomo da Horta.

Tendo ingressado definitivamente na esfera política do Estado Novo, a 28 de Novembro de 1945 foi nomeado presidente da Câmara Municipal da Horta, cargo que desempenhou com reconhecida competência.

Depois da sua passagem pela Câmara Municipal da Horta, a 30 de Junho de 1953 foi nomeado Governador Civil do Distrito da Horta cargo que viria a exercer durante quase duas décadas.

Cessou as funções de Governador Civil para exercer as de deputado, escolhido em 1973, pela União Nacional na Assembleia Nacional do Estado Novo, cargo que exerceu até 25 de Abril de 1974.

Na sua acção à frente do Distrito da Horta, destaca-se a condução da crise causada pela erupção do vulcão dos Capelinhos e a administração do regime de vistos especiais de imigração concedidos pelos Estados Unidos às famílias afectadas. Foi graças ao seu excelente trabalho com cooperação do governo da republica, que alguns anos após o vulcão dos Capelinhos, Freitas Pimentel foi galardoado com a mais alta condecoração portuguesa, Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, com o grau de Oficial, tendo sido o Outorgante o Presidente Américo Thomaz.

Também no período em que foi Governador Civil foram construídos o Aeroporto da Horta, a Avenida Marginal da Horta, e ainda, em cooperação com a França no âmbito da instalação da Base Francesa das Flores, o Aeroporto das Flores, o Hospital das Flores, a Central Hidroeléctrica das Flores e respectiva rede de distribuição.

Outras acções importantes foram a ampliação das redes de estradas e de águas das ilhas do Faial, Pico, Flores, e Corvo e a reestruturação da respectiva rede de escolas do ensino primário. No termo do seu mandato o antigo Distrito Autónomo da Horta tinha uma das menores taxas de analfabetismo do país e a sua melhor rede escolar.

António de Freitas Pimentel faleceu na Horta a 14 de Abril de 1981.

Condecorações

Referências

  1. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Freitas Pimentel". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de agosto de 2020 

Ligações externas

  • «Freitas Pimentel». na Enciclopédia Açoriana 
Controle de autoridade
  • v
  • d
  • e
Monarquia
Constitucional
António José Joaquim de Miranda  • António Mariano de Lacerda • António Joaquim Nunes de Vasconcelos • Francisco de Paula de Vilas Boas • António José Vieira Santa Rita (1.ª vez) • Rodrigo de Sousa Coutinho Teixeira de Andrade Barbosa, conde de Linhares • António José Vieira Santa Rita (2.ª vez) • José Cupertino da Fonseca e Brito • António José Vieira Santa Rita (3.ª vez) • Nicolau Anastácio de Bettencourt (1.ª vez) • Francisco Maria de Freitas Jácome • Joaquim José Pereira da Silveira e Sousa • Nicolau Anastácio de Bettencourt (2.ª vez) • Luís Teixeira de Sampaio • António José Vieira Santa Rita (4.ª vez) • Júlio de Castilho, visconde de Castilho • António Maria de Oliveira • Manuel Francisco de Medeiros (1.ª vez) • Manuel Maria de Melo e Simas • António Patrício da Terra Pinheiro • Manuel Francisco de Medeiros (2.ª vez) • Manuel de Arriaga Nunes • Guilherme Read Cabral • José de Almeida de Ávila • Amâncio Rodolfo Pinheiro da Costa Ribeiro • António Emílio Severino de Avelar (2.ª vez) • Miguel António da Silveira • Diogo de Barcelos Machado Bettencourt • José Bressane Leite Perry, visconde de Leite Perry (1.ª vez) • António Joaquim Durães • Alfredo Borges da Silva (interino) • Francisco de Andrade Albuquerque • José Bressane Leite Perry, visconde de Leite Perry (2.ª vez) • Manuel António Lino • Augusto da Silva Carvalho Osório • João Joaquim André de Freitas • José Bressane Leite Perry, visconde de Leite Perry (3.ª vez) • João António Cochado Martins • António Emílio Severino de Avelar (2.ª vez)
Estandarte dos governadores civis
1.ª República
José Machado Serpa • Augusto Goulart de Medeiros • Edwiges Goulart Prieto • José Charters de Azevedo Lopes Vieira • António Emílio Severino de Avelar (3.ª vez) • Caetano Moniz de Vasconcelos • António Birne Pereira • António Luís Serrão de Carvalho • Fernando Joaquim Armas • Manuel Francisco Neves Júnior (1.ª vez) • Manuel da Câmara Velho Melo Cabral • Manuel Francisco Neves Júnior (2.ª vez) • António Mesquita • Luís Caldeira Mendes Saraiva • Manuel Francisco Neves Júnior (3.ª vez) • Gabriel Baptista de Simas (1.ª vez) • Manuel Francisco Neves Júnior (4.ª vez) • Gabriel Baptista de Simas (2.ª vez) • Carlos Alberto da Silva Pinheiro • Manuel Francisco Neves Júnior (5.ª vez) • Álvaro Soares de Melo • Joaquim Gualberto da Cunha Melo
Ditadura Nacional
António de Mendonça Monteiro • Alberto Goulart de Medeiros • Fernando Mouzinho de Albuquerque (Alto Comissário) • José Soares de Mesquita • Fernando da Costa • Augusto Pais da Graça de Almeida e Silva • Alfredo Sampaio • José Malheiro Cardoso da Silva
Estado Novo
3.ª República