A Revista

A Revista foi uma revista modernista publicada em 1925 na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais por poetas e artistas de diferentes estados do Brasil, a terceira revista modernista do Brasil[1] e a primeira de Minas Gerais. "Seu interesse é extraordinário não só porque revelou ao Brasil a existência de um grupo característico e atuante, como deu a esse próprio grupo a consciência de sua força e seu valor."[2]

História

A Revista só teve 3 edições, em julho de 1925, em agosto de 1925 e janeiro de 1926.[3] Como era uma revista modernista, tentavam unir, misturar o velho com o novo trazendo o leitor com entretenimentos como poesias, comerciais de cigarros, de ternos, de perfumes, relatos e notícias que aconteciam, seguindo o conselho de Mário de Andrade em carta a Drummond de "botem bem misturados o modernismo bonito de vocês com o passadismo dos outros. Misturem o mais possível."[4]

No programa da revista, publicado sob o título "Para os Céticos" na primeira edição, constava: "Não somos românticos; somos jovens. [...] Somos pela renovação intelectual do Brasil, renovação que se tornou um imperativo categórico. [...] Depois da destruição do jugo colonial e do jugo escravagista, e do advento da forma republicana, parecia que nada mais havia a fazer senão cruzar os braços. Engano. Resta-nos humanizar o Brasil."

Seus diretores foram Francisco Martins de Almeida e Carlos Drummond de Andrade, os redatores, Emílio Moura e Gregoriano Canedo, e entre os colaboradores da publicação estavam, entre outros, Manuel Bandeira, Ronald de Carvalho, Mário de Andrade, João Alphonsus, Abgar Renault e Pedro Nava.[5]

Referências

  1. A primeira foi Klaxon de maio de 1922 e a segunda, Estética, de setembro de 1924.
  2. Pedro Nava, Beira-mar, Capítulo III.
  3. «A Revista». Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, USP. Consultado em 11 de dezembro de 2014 
  4. Idem.
  5. «As Revistas do Modernismo». Recanto das Letras. Consultado em 11 de dezembro de 2014 

Ligações externas

  • A Revista na Hemeroteca Digital
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Poesia
1930
Alguma Poesia (1930) • Brejo das Almas (1934)
1940
Sentimento do Mundo (1940) • José (1942) • A Rosa do Povo (1945) • Novos Poemas (1948)
1950
Claro Enigma (1951) • Fazendeiro do Ar (1954)
1960
Lição de Coisas (1962) • Versiprosa (1967) • Boitempo (1968) • A Falta que Ama (1968) • Nudez (1968)
1970
As Impurezas do Branco (1973) • Menino Antigo (Boitempo II) (1973) • Esquecer para Lembrar (Boitempo III) (1979)
1980
A Paixão Medida (1980) • Corpo (1984) • Amar se Aprende Amando (1985) • Poesia Errante (1988)
póstumos
O Amor Natural (1992) • Farewell (1996) • 25 Poemas da Triste Alegria (2009)
Prosa
Contos
O Gerente (1945) • Contos de Aprendiz (1951) • Contos Plausíveis (1981)
Crônicas
Fala, Amendoeira (1957) • A Bolsa & a Vida (1962) • Cadeira de Balanço (1966) • Caminhos de João Brandão (1970) • O Poder Ultrajovem e mais 79 Textos em Prosa e Verso (1972) • De Notícias & Não-notícias Faz-se a Crônica (1974) • Boca de Luar (1984) • Moça Deitada na Grama (1987)
Ensaios
Confissões de Minas (1944) • Passeios na Ilha (1952)
Memórias
O Observador no Escritório (1985) • Tempo Vida Poesia (1986)
Aforismos
O Avesso das Coisas (1988)
Infantis
O Pipoqueiro na Esquina (1981) • O Elefante (1983) • História de Dois Amores (1985)
Cinema e TV
Crônica da Cidade Amada (1964) • O Padre e a Moça (1965) • O Amor Natural (1965) • A Opinião Pública (1967) • Enigma para Demônios (1975) • Travessia: Viagem à Memória do Tempo (1983) • Poeta de Sete Faces (2002) • O Vestido (2004) • O Gerente (2011)
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